Na segunda e última parte desse programa você escutará: Milton Nascimento, Som Imaginário, Toninho Horta, A Cor do Som e outros sons mineiros, incluindo, é claro, alguns dos discos que Nivaldo Ornelas compôs, arranjou e gravou.
MAIS IMPORTANTE é que você vai conhecer melhor um dos maiores artistas da nossa música: NIVALDO ORNELAS.
www.nivaldornelas.com.br
Nivaldo Lima Ornelas nasceu em 1941 em Belo Horizonte, Minas Gerais, numa família de músicos, cantores e artistas. Começou estudando acordeon aos 12 anos e na escola de música da UFMG foi aluno de Luis Melgaço (teoria musical) e de Arthur Bosman (composição). Em 1963 entrou para a banda de baile de Célio Balona, deixando pra trás o clarinete e se especializando no saxofone tenor. No ano seguinte fundou, com amigos (Paschoal Meirelles entre eles), o Bar Boate Berimbau. Uma casa que durou apenas 2 anos, mas que foi importantíssima para a revolução musical que estava para acontecer: lá nasceram o Tempo Trio (Helvius, Paschoal e Ildeu) e o Berimbau Trio (Wagner Tiso, Milton Nascimento e Paulo Braga). (O Berimbau frequentemente virava quarteto, com Nivaldo no safoxone).
Com Paulo Braga (bateria), Jairo Moura (piano) e Tibério César (baixo) formou em 1967 o Quarteto Contemporâneo, que se destacava por longas improvisações free e por ter temas de Coltrane em seu repertório, como “Impressions”. Nivaldo já dava início à sua carreira de compositor, apresentando algumas das suas criações no quarteto. Em 1969 Nivaldo recebe o prêmio de melhor arranjo do Festival Estudantil da Canção por “Como Vai, Minha Aldeia”, composição de Tavinho Moura defendida por Marilton Borges.
Em 1971 Nivaldo Ornelas finalmente foi encontrar os outros mineiros de sua geração no Rio de Janeiro, ao ser convidado para fazer parte da Banda Jovem de Paulo Moura. O conjunto estava sendo remodelado e Ornelas se junta a outros como Márcio Montarroyos, Claudio Roditi, Paschoal Meirelles e Osmar Milito. Em 1973 vai morar em São Paulo, por alguns meses, para participar do grupo de Hermeto Pascoal. Neste ano também participou da gravação do LP “Milagre dos Peixes” de Milton Nascimento – na época acompanhado do Som Imaginário. “Xá Mate”, faixa presente no “Milagre dos Peixes ao vivo”, é a primeira composição de Ornelas a ser gravada.
Na sequência rolam as contribuições para a trilha sonora do documentário “Trindade”, de Tânia Fonseca e Luiz Keller e as gravações / turnês de “Academia de Danças” do Egberto Gismonti. E ESSE SÓ O COMEÇO DA HISTÓRIA!
O resto o próprio Nivaldo conta, ok? É só clicar no play.
released November 29, 2015
Apresentado por Rodrigo Araújo e produzido por Maurício Gouveia